lunes, 10 de diciembre de 2007

Banco do Sul pode ser alternativa para desenvolvimento regional


De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.


Os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela, Equador e Bolívia assinaram neste domingo (09), em Buenos Aires, a ata de fundação do Banco do Sul. A instituição pretende ser uma alternativa regional frente ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e ao Banco Intramericano de Desenvolvimento.


Segundo o economista do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), Gabriel Strautman, o Banco do Sul surge depois do fracasso das políticas de ajuste impostas por essas entidades internacionais de crédito. “A expectativa é que possamos ter alternativas não apenas aos recursos dos bancos do norte, mas principalmente às políticas que elas [essas instituições] implicam.”

Gabriel refere-se às exigências feitas principalmente pelo FMI. O fundo sempre exigiu dos países para os quais emprestava dinheiro, o aumento do superávit primário com intenção de pagar dívidas, fato que compromete os gastos com programas sociais.

Atualmente existe uma disputa de interesses no projeto de formação do Banco do Sul. Gabriel afirma que para o Brasil não interessa que a instituição faça oposição política aos países desenvolvidos, porque isso fere a imagem e os tratados comerciais com esses países.

Para o Brasil interessa apenas desenvolver as economias vizinhas, porque isso resultaria num aumento das exportações brasileiras para as mesmas. “O Brasil entra, controla a iniciativa da maneira que lhe convém, minimizando as incertezas políticas, dizendo que é só um banco de desenvolvimento e fazendo a coisa da sua maneira.”

O Banco Sul deve iniciar sua atuação com um capital inicial de aproximadamente R$ 14 bilhões.

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